quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Comunidade faz caminhada até local da morte do Tio Pedro

Escrito por Redação ou por Colaboradores do Site 03-Dez-2008 Nesta quarta-feira que está chegando ao fim, centenas de pessoas foram a missa das 20:00 hs. em homenagem a passagem do sétimo dia da morte de Pedro Schwartzhaupt, conhecido como Tio Pedro.

Para a grande maioria da população, Pedro foi apenas mais um nome na lista interminável de pessoas que estão morrendo vitimas de homicídios. Já aqui na Santa Isabel, ele foi muito popular e também porque seu filho, Alexandre Brusch também é uma figura conhecida pois era editor da Revista Santa Isabel.

Não sou de freqüentar igrejas mas em respeito à família e ao Alexandre (a ao próprio Pedro), participei da cerimônia comandada pelo carismático e boa gente Padre Valdir. Depois nos juntamos a possivelmente mais de uma centena de pessoas e caminhamos até o local exato onde o Pedro deu seu ultimo suspiro. As pessoas com bandeirolas, velas dentro de garrafas pets e um triste surdo (bumbo), ia tocando em direção ao local.

As pessoas olhavam pelas janelas de suas casas e com certeza a maioria não sabia o que estava acontecendo.
Uma viatura da BM estava junto e também um carro da SMT (azulzinhos) prestavam apoio às pessoas. Já na saída da Praça Santa Isabel, começou a chover mas as pessoas não se importaram.

A chuva não era fria e era como se o céu estivesse chorando e as gotas se misturavam com as lagrimas das pessoas que desciam e subiam as ladeiras da Santa Isabel.
Alguns jornais possivelmente de Viamão iam registrando em fotos e ao chegar ao local exato onde o Pedro foi executado com quatro tiros, todos largaram suas velas e flores em torno de um cruz. Também representantes de outras religiões estavam lá e rezaram por ele.

Também não poderiam faltar algumas pessoas ligadas a administração de Viamão, que neste caso não tem culpa pela morte do Pedro e de tantos outros. A situação esta fora de controle, ou melhor, esta no controle deles (dos criminosos). Culpar a Administração seria como culpa-la por haver verão e inverno.
As velas ficaram lá, sozinhas na chuva, tremulando dentro de embalagens de garrafas pets e foram se apagando lentamente. Uma após outra até não haver mais nenhuma vela acessa. Como se as esperanças das pessoas que lá estavam fossem sublimando, não querendo admitir de maneira alguma que amanhã teremos mais e mais mortes...

Não creio em historinhas de justiça divina, não creio que algum Deus faça alguma coisa por essa gente. Creio apenas numa policia bem paga, armas pesadas e bem carregas e muitos corpos de bandidos pelo chão. Deus nos deu esse mundo para lutarmos por ele e por nossas vidas, Não cabe a Ele andar atrás de cada um 24 horas por dia.


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