Esta semana fui fazer uma compra numa loja aqui na Av. Liberdade, valor pequeno mas na hora de pagar, em frente ao micro, o vendedor pediu meu nome e o número de CPF. Não sei qual a finalidade nem quem controla isso, mas o órgão deve saber a vida das pessoas em seus mínimos detalhes. Onde moram, que lojas frequenta, o que compra, que número de calçado utiliza etc . Eles rastreiam todas as pessoas, desde que nascem.
Um amigo que mora em Porto Alegre, a muito tempo usa o CPF de uma pessoa que já morreu. Segundo ele, porque está no SERASA. Gostaria de saber a reação deles quando verem que uma pessoa que já morreu anda fazendo compras... Era de se esperar que quando uma pessoa morresse, o CPF fosse inutilizado. Mas quem cria esses sistemas deixa essas brechas para muitos políticos, empresários etc terem contas em nome de pessoas que já morreram.
Sei de casos onde um morador de uma cidade pequena (não é Viamão!), sempre se prestava para ir ajudar nos velórios de pessoas da comunidade, claro que geralmente de crianças, jovens ou solteiros (para não ter problema com pensões ou outra coisa qualquer). Pagava tudo. Caixão, missa, flores mas, com uma condição: Ela ficava com os documentos do falecido para abater em seu Imposto de Renda ou outra desculpa furada. A familia ficava feliz, pois para que serviriam os documentos mesmos? Depois ele voltava com o Atestado de óbito devidamente registrado e tudo ok. Se o atestado era frio ou com a ajuda de algum cartório não sei. Mas as pessoas pegavam aquele documento e guardavam numa gaveta para sempre.
Desta forma, acredito eu, alguns cartórios de algumas cidades por este Brasil afora não registram "realmente" alguns óbitos e eles continuam existindo por 30, 40 anos após a morte. E como dá dinheiro no Brasil ter Cartório, porque será? É o velho geitinho brasileiro. Desta forma, uma pessoa pode ter contas em bancos, comprar, dividir valores sem ser notado pela Receita Federal ou outro órgão qualquer com varios CPFs. Eu particularmente guardo com carinho 3 números de CPF em meu nome. Havia uma época, acho que da década de 80, bastava ir numa Agencia Lotérica e fazer o CPF. Como não me mandavam nunca o cartão, fui noutra e noutra agencia. Uma vez me chamaram na Receita Federal e contei o caso e me disseram que aquilo era contra a lei. "Mas como?" - Perguntei, se foram vocês que me deram?
Por isso que quando visitamos algumas cidades do interior observamos que alguns "ricos" da região se dão bem com o gerente do banco tal, com o prefeito, fazem parte do Lions Club ou seja lá o que for. O mais curioso é que esses ricos, as vezes, não trabalham ou possuem uma sorveteria que dá lucros estupendos. A Receita Federal não está nem ai, pois eles pagam seus impostos sobre esse lucro que sabe lá de onde vem.
Esta certo isso? Está errado? O que é certo em um pais onde o Governo controla somente a vida dos miseráveis e não dos ricos?
Um comentário:
Tem alguma coisa a ver com Lost?
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