sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Viamão não é o fim do mundo, mas dá para ver ele daqui...

Desculpe-me os adoradores de Viamão com suas vilas, cachorros pelas ruas, lixo e tudo mais. Mas tenho percebido que tudo caminha para o caos ou para uma auto-destruição sequer imaginada por Nostradamus.

Tenho vizinhos que entram madrugada a dentro com musica além do limite, mas isso nem me perturba mais... Há também aqueles que jogam pedras e bombas no telhado e, quando falamos com seus pais, eles dizem que eu sou criador de caso. Há também aqueles que cismam em estacionar o carro no portão da garagem, mesmo tendo centenas de metros livres na rua.

Um pouco mais adiante, outra vizinha que não tem “relógio” de água, passa a mangueira sobre o muro para outro vizinho que lava seus automóveis tranqüilamente e dizem que temos que economizar água. Só quem paga economiza. Chamamos a CEEE para trocar um poste que estava caindo em frente a minha casa e eles colocaram um suporte, um outro poste menor tentando segurar o grandalhão. Detalhe: O poste que colocaram está oco! Outros vizinhos próximos largam seus lixos, tipo moveis, madeiras etc na calçada.

Deixando os vizinho de lado, vamos ver como se saem dois pedreiros com anos de experiência. Mandei pintar a sala de azul e não foi tirado um porta chaves, ficando exatamente a marca do mesmo; já no telhado, solicitei que trocassem as telhas velhas por novas o que fizeram rapidamente, quebrando algumas é claro e deixando assim mesmo. Só descobri minutos depois que a chuva começou quando eles já tinham saído pela esquerda esquerda. Quanto ao forro de PVC que trocaram, envergou tudo.

Saio de casa para respirar um pouco e o que vejo são carros na contra-mão, em frente a uma escola. Até o caminhão do lixo já vi andar na contra-mão. A praça que ajudamos a construir esta totalmente depredada. Parece que foi construída justamente para os marginais a destruírem. Na frente do mercado, um carro estacionado sob a faixa de segurança e uma garota de mini-saia, passeia com um Pitt Bull sem focinheira. Mas tudo bem, dentro do mercado deve ser diferente.

Neste horário só tinha duas caixas funcionando e a que entrei na fila, parecia uma caixa de banco, pois uma pessoa levou dezenas de contas para pagar, talvez de seus vizinhos. Ali fiquei uns 15 minutos para ser atendido e não receber o troco correto.

As vezes penso em ir embora, mas para onde? Acho que isso já é um vírus nacional. Sei de pequenas cidades no interior onde as coisas eram um pouco diferentes. Lembro quando ia em Santa Maria e sentávamos nas calçadas à noite, ate depois da 1 da madrugada. Sentia o cheiro da noite, o silencio, os grilos, as estrelas. Coisas tão banais mas que talvez nunca mais vamos experimentar...

2 comentários:

Unknown disse...

Silvio, compartilho com você este sentimento e uma indignação que já não consigo conter. Não saí de Viamão ainda porque fiz a besteira de investir em um imóvel nesta cidade com a esperança de que um dia (que não chega nunca)as coisas iriam melhorar, me enganei completamente.

Unknown disse...

Silvio, compartilho com você este sentimento e uma indignação que já não consigo conter. Não saí de Viamão ainda porque fiz a besteira de investir em um imóvel nesta cidade com a esperança de que um dia (que não chega nunca)as coisas iriam melhorar, me enganei completamente.