Segundo estudo da PricewaterhouseCoopers, os países do BRIC terão o maior crescimento, atingindo US$ 250 bilhões em Mídia e Entretenimento. O maior mercado continua sendo os Estados Unidos, com US$ 760 bilhões
Felipe Turlão
19/06/2008 - 16:47
A indústria de mídia e entretenimento vai crescer 6,6% por ano pelos próximos cinco anos, chegando a atingir US$ 2,2 trilhões ao final deste período, em 2012. É o que aponta um estudo da PricewaterhouseCoopers publicado nesta quarta-feira, 18. Só para comparar, o PIB do Brasil em 2007 foi de R$ 1,3 trilhão, segundo estimativas do Banco Central.
E a alta será mais significativa nos países do BRIC (sigla para os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China), onde o percentual anual atingirá em média 13,5%, graças, segundo o estudo, a fatores como o aumento da classe média. Em comparação, a alta será de apenas 4,8% nos Estados Unidos e 6,8% na Europa Ocidental, Oriente Médio e África. Em 2012, a indústria da mídia e entretenimento no BRIC atingirá US$ 250 bilhões, contra US$ 760 bilhões nos Estados Unidos, que será o maior mercado, embora com menor taxa de crescimento. Na região que envolve a Europa, África e Oriente Médio, o mercado movimentará US$ 792 bilhões, com destaque em termos de crescimento para Europa Central, Leste Europeu, África e Oriente Médio.
A indústria na América Latina chegará a US$ 85 milhões em 2012, um expressivo crescimento frente aos US$ 51 bilhões de 2007, numa alta anual de 10,6%, claro, considerando-se a base baixa em comparação com outras regiões. A Ásia do Pacífico é o outro destaque, com percentual de 8,8% por ano, levando o mercado a um patamar de US$ 508 bilhões em 2012.
No mesmo período, a receita com publicidade para internet subirá 19,5% ao ano até 2012, num crescimento de dois dígitos que também será experimentado pelos segmentos de acesso à internet (12,1%), videogames (10,3%), e televisão por assinatura e licenciamentos (10,1%). Também estarão num bom nível a publicidade para televisão (alta de 5,9% ao ano e considerando-se uma base já bastante elevada), parques temáticos (5%), jogos em cassinos (6,5%), esportes (6,5%) e distribuição de filmes (5,3%), esta última, com o aporte de casas com tecnologias digitais que ampliam a experiência de 'assistir um filme no cinema'. Vale ressaltar, no entanto, que as receitas com publicidade e celular representarão em 2012 apenas 11% do mercado de mídia, cerca de US$ 234 bilhões, embora hoje o índice seja menor ainda, de 5%. Ao mesmo tempo, o acesso a banda larga vai atingir 661 milhões de lares em 2012, com crescimento anual de 16,4%.
Num patamar menor estão as receitas de jornais, com alta de 2,2% ao ano, revistas terão 3,5%, livros para consumo e educação têm 2,8%. O mercado de músicas terá uma queda anual de 0,6%, com o declínio dos meios físicos e crescimento na distribuição de formatos digitais.
O estudo faz uma menção especial à Geração Net, que será responsável pela saúde do mercado de mídia, ao lado da geração com mais de 50 anos, que crescerá em 150 milhões de pessoas nos próximos cinco anos. Com atenções voltadas à mídia tradicional, o que ajudará a manter o crescimento dos formatos tradicionais, essa faixa contrasta com os mais jovens, que se concentram no entretenimento de celular e digital e que acabam ajudando os pais e avós a terem um interesse cada vez maior pelas chamadas novas mídias.
Os dados da PricewaterhouseCoopers apontam também alguns fenômenos isolados, como a Colômbia, que terá o crescimento mais rápido no mercado de entretenimento e mídia na América Latina, e as boas taxas de crescimento da Arábia Saudita e demais países árabes, que terão um aumento anual de 30% no mercado de acesso à internet, chegando a US$ 14 bilhões em 2012.
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